Relacionamentos
É muito comum os crentes convidarem pessoas para suas igrejas. Isso não é ruim; no entanto, não é o primeiro passo. Precisamos primeiro conquistar as pessoas, e para isso, iniciamos com amizade. Através dessa amizade, a pessoa descobre que somos discípulos de Cristo. Esse processo acontece de maneira inconsciente e não é rápido. Deve ser construído na base da confiança e do exemplo. À medida que o relacionamento se estreita, a pessoa que está sendo discipulada começa a confiar em nós. Ela enxerga algo diferente em nós, algo que vem de Deus. Quando o relacionamento é assim, geralmente a pessoa pergunta: “Onde é a sua igreja?” Ela deseja frequentar o lugar onde vivemos e buscar o que buscamos. Fazer discípulos dá trabalho, mas é recompensador. Podemos acompanhar o crescimento na vida da pessoa e vê-la consolidada na fé, pronta para enfrentar as dificuldades da vida.
Outro erro muito cometido acontece depois que a pessoa aceita a Cristo. Ela começa a frequentar a igreja, fica um pouco mais firme. Aí pensamos que ela está pronta para viver sozinha dentro da igreja. Muitos a deixam sozinha e passam a não se importar mais com ela, entregando-a à igreja para que cuide dela. Por esse motivo, é comum ver pessoas saindo da igreja. O discipulado não termina quando aceitamos a Cristo; ainda há muito a se fazer. É preciso continuar o trabalho. À medida que a pessoa vai conhecendo a igreja, percebe que nem tudo é perfeito e que os crentes também são falhos. Isso pode frustrá-la. Portanto, nosso trabalho deve ser contínuo, estando ao lado dela. Podemos aconselhar e mostrar que todos nós temos dificuldades, mas estamos todos querendo servir a Cristo, com fé e caminhando na direção certa.
Não podemos determinar o tempo do discipulado. Não se faz um planejamento de 6 meses ou um ano. Cada pessoa é de um jeito. Existem pessoas que aceitam o evangelho e logo crescem, começam a entender tudo e também a fazer discípulos. Mas mesmo essas pessoas ainda precisam de cuidado. Há também aquelas que precisam ser discipuladas por muitos anos. Aos poucos, convivendo, saberemos se ela está pronta para caminhar sozinha ou se ainda falta um pouco. É importante ficar bem atento e não largar a pessoa sozinha na igreja. A tarefa de cuidar dela ainda é nossa. Vamos contar com o apoio de pessoas em quem confiamos e com a parte da igreja que pode ajudar nessa caminhada. Porém, não podemos tirar os olhos dela até que esteja bem firme.
Voltemos à ordem de Jesus em Mateus 28.19: “Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Neste versículo, encontramos a ordem de fazer, batizar e ensinar a guardar todas as coisas que aprendemos. Às vezes, pensamos que esse ensino se limita à escola bíblica e às pregações. No entanto, muitas coisas são aprendidas no particular, no dia a dia, por meio de perguntas feitas a alguém que está mais próximo. O problema é que queremos transferir essa responsabilidade para outros quando a ordem foi dada a todos os discípulos de Jesus. A ordem é fazer discípulos, e precisamos entender que isso é nossa responsabilidade. Que possamos assumir esse compromisso e nos dedicar a essa obra. Tenho certeza de que não há nada mais lindo do que ver o crescimento espiritual de uma pessoa. É a melhor obra que podemos realizar no evangelho.
Até o próximo capítulo.
Claudio H. C. Duarte.
Demonstre sua reação!
RECEBA NOVIDADES!
ENTRE NO GRUPO
Não se preocupe! Esse grupo não tem bate papo, somente o administrador manda mensagem. Toda semana estamos lançando conteúdo novo. Você pode ficar tranquilo, não colocamos imagens e propapagandas toda hora.