Opiniões pessoais
Cuidado com opiniões pessoais durante a pregação. Elas podem ser expressas, mas é crucial deixar claro que são suas próprias opiniões. Quando pregamos a Palavra de Deus, nosso compromisso é falar aquilo que está escrito; não podemos apresentar algo como verdade bíblica se não está nas Escrituras. No entanto, às vezes temos uma opinião pessoal sobre um determinado versículo ou passagem. O que fazer com essa opinião? Podemos compartilhá-la, desde que seja de forma equilibrada e sem causar confusão entre os ouvintes.
No capítulo sobre "pregação simples", falamos sobre o cuidado ao citar textos complexos ou polêmicos. Da mesma forma, ao compartilhar uma opinião pessoal, podemos cometer erros semelhantes. Se o pregador deseja expressar sua opinião sobre a Bíblia, podemos seguir o exemplo do apóstolo Paulo. Em 1 Coríntios 7:25, ele diz: "Quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, meu parecer, como alguém que, pela misericórdia do Senhor, é digno de confiança." Note que Paulo destaca que não tem um mandamento do Senhor, mas está dando o seu parecer. Ele deixa claro que o que está dizendo é uma opinião pessoal, e não a Palavra de Deus. Recomendo que você leia esse texto para entender melhor. Ao enfatizar que era sua opinião, e não um mandamento, Paulo nos mostra como devemos proceder em situações semelhantes. Quando estivermos pregando, podemos fazer o mesmo, dizendo: "Sobre isso que estou falando, é a minha opinião pessoal, não é a Bíblia que está dizendo; sou eu, que penso assim." Dessa forma, ficaremos tranquilos e não comprometeremos nossa pregação.
É necessário ter bastante cuidado, avaliar se vale a pena ou não expressar sua opinião, e considerar para qual público você está falando. Digo isso porque, às vezes, nossa maneira de pensar pode não ser tão interessante ou parecer um pouco estranha para os outros. Como mencionei anteriormente, se for para causar confusão, é melhor não falar. Todos nós temos pensamentos variados, mas nem sempre vale a pena compartilhá-los. Compartilhe apenas se for para edificar. Há pessoas que tentam acrescentar coisas que não estão nas Escrituras, dizendo que um personagem bíblico fez algo que a Bíblia não menciona. Se o texto bíblico não nos dá clareza sobre um assunto, não podemos afirmar nada. Podemos sugerir: "Quem sabe, não aconteceu tal situação?" ou "Penso que poderia ter sido assim", mas sempre deixando claro que a Bíblia não fornece essa informação e que é apenas uma ideia do pregador. Precisamos ser fiéis ao texto bíblico. Tome cuidado com suas opiniões pessoais.
Alguém já disse: "quando a Bíblia não diz com clareza, não podemos afirmar com certeza." Esse assunto é sério e precisa de atenção. Muitos pregadores acabam "viajando" no texto bíblico e falando coisas absurdas, sem se preocupar com a correta interpretação do texto, sem levar em consideração o contexto histórico e cultural, e sem parar para pensar por que o texto bíblico está escrito daquela maneira. Precisamos observar todos os detalhes para que nossa opinião não contradiga a Bíblia. Às vezes, o meu pensamento não é equivalente à cultura da época, e o que estou falando não faz sentido. Não podemos pensar com a mentalidade de hoje ao interpretar um texto antigo. Devemos nos reportar à época para entender como eles pensavam e viviam.
Por exemplo, nos tempos antigos da Bíblia, era normal um homem ter mais de uma esposa, e isso também era natural para as mulheres da época. Pensar assim hoje parece um absurdo, pois o mundo mudou. A Bíblia é clara sobre esse assunto, mas, quando nos reportamos à época, entendemos que aquela mulher não pensava como a mulher de hoje. Assim, entendemos melhor o posicionamento de tal personagem bíblico. Se dissermos que seria um absurdo tal personagem pensar dessa forma, podemos estar entrando em contradição com a cultura da época. É bom lembrar que nem sempre a cultura da época concordava com a vontade de Deus.
Essas questões precisam ser bem definidas antes de pregar, para não entrarmos em contradição com a Bíblia e não falarmos besteiras sem sentido. Mesmo ao expressar nossa forma de pensar, não podemos fazer isso de qualquer maneira; precisa ser coerente. Então, pense bem: seu pensamento faz sentido? Acrescenta algo? Se não, é melhor não comentar e se aprofundar mais para evitar problemas. Afirmações sem base bíblica são extremamente perigosas.
Até o próximo capítulo.
Claudio Henrique Duarte.
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