VAI NESSA TUA FORÇA!
“Então o Anjo do Senhor apareceu a Gideão e lhe disse: ‘O Senhor está com você, poderoso guerreiro’.” Juízes 6:12
Mais uma vez, Israel fez o que era mal aos olhos do Senhor, e por esse motivo ficou sete anos sob o domínio dos midianitas. O povo plantava e criava animais, mas os midianitas, junto com outros povos, vinham e destruíam tudo. Por causa disso, Israel empobreceu muito. Esse era o contexto: Israel escolheu se afastar de Deus e viver segundo sua própria vontade (Juízes 6:1–5).
O povo estava envolvido com idolatria. Eles se achavam autossuficientes, desprezaram a lei de Deus e deram prioridade a outras coisas. Esqueceram-se do Senhor.
Quando escolhemos viver distantes de Deus, estamos dizendo, ainda que sem palavras: “Deixa que eu cuido da minha vida. Eu resolvo meus problemas, corro atrás dos meus sonhos, sei o que fazer e não preciso das Suas orientações.” Talvez a pessoa não fale isso abertamente, mas dentro de si ela decidiu viver por conta própria.
Mas essa “independência” é uma falsa liberdade. Deus respeita nossas escolhas, porém o inimigo não. Quando saímos do domínio e da proteção de Deus, automaticamente nos tornamos mais vulneráveis às armadilhas do inimigo.
Se você quiser aprender mais sobre o que a Bíblia diz sobre liberdade, acesse em nosso site a mensagem: “Libertos do Pecado.”
Então o povo clamou a Deus. Em resposta, Ele enviou um profeta para lembrá-los de que havia os tirado da terra do Egito com mão forte e os advertiu a não adorarem outros deuses, mas somente ao Senhor, seu Deus (Juízes 6:7–10).
É impressionante como o erro costuma dar sinais. A consciência avisa, o coração aperta, as consequências até parecem previsíveis… mas, ainda assim, insistimos em caminhar como se tudo fosse terminar bem. Israel também viveu isso. Eles conheciam a vontade de Deus, sabiam exatamente o que deviam e o que não deviam fazer. Mas, mesmo assim, escolheram a estrada da desobediência — e pagaram o preço por ignorar os alertas do próprio Deus.
DEUS ENVIA O SOCORRO
Deus escolheu um homem chamado Gideão para livrar Israel. O Anjo do Senhor apareceu enquanto Gideão malhava trigo no tanque de prensar uvas — um lugar inadequado, mas onde ele se escondia dos midianitas. Era sua estratégia de sobrevivência. Ele vivia com o mínimo, em condições precárias.
Então o Anjo disse: “O Senhor está com você, poderoso guerreiro.” Gideão, confuso, questionou: “Se o Senhor está conosco, por que tudo isso nos aconteceu?” Ele lembrou dos feitos de Deus no Egito. Mas o Senhor não respondeu suas perguntas; apenas disse: “Com a força que você tem, vá libertar Israel das mãos de Midiã. Não sou eu quem o está enviando?”
Gideão ainda não entendia o chamado. Declarou que seu clã era o mais fraco de Manassés e que ele era o menor da sua casa. Mas Deus respondeu: “Eu estarei com você, e você derrotará os midianitas como se fossem um só homem.”
Gideão estava frustrado, cansado e se sentia o menor dos menores. Mas mesmo ferido por dentro, ele não estava parado: trabalhava, usava os recursos que tinha e não desistia. Deus não chamou Gideão por sua capacidade militar, mas por sua determinação. Deus viu nele algo que o próprio Gideão não conseguia enxergar.
Gideão havia vivido experiências amargas, marcadas por humilhação e escassez. Ele tinha ouvido falar do Deus poderoso que havia livrado Israel de guerras e realizado tantos milagres, mas ele mesmo nunca tinha experimentado nada parecido. Tudo o que conhecia eram histórias contadas pelos seus pais.
Mesmo assim, havia dentro de Gideão uma força que ele próprio desconhecia. Deus precisava revelar a ele que existia um potencial enorme escondido dentro daquele homem comum.
Às vezes, nós nos parecemos muito com Gideão. Seguimos a vida lutando, trabalhando, sobrevivendo… ouvimos testemunhos de milagres que Deus fez na vida de outras pessoas, mas conosco nada acontece. E, sem perceber, deixamos de enxergar o potencial que Deus colocou dentro de nós.
As experiências difíceis que enfrentamos não são para nos destruir, mas para provar a nossa fé e revelar a força que existe dentro de nós. Ao invés de reclamar, precisamos orar. Ao invés de sentar e chorar, devemos nos levantar e tomar atitudes. Buscar em Deus a força para continuar e discernir o que Ele quer que façamos.
GIDEÃO PEDE PROVAS
Gideão pediu provas para ter certeza de que o chamado era real. Seu questionamento era sincero, e Deus, conhecendo seu coração, confirmou o que estava dizendo.
Quando nossos questionamentos são sinceros, Deus tem paciência conosco. Mas quando murmuramos, reclamamos ou zombamos, Deus não responde. Um coração duro e murmurador Deus resiste; porém, um coração sincero, humilde e disposto a entender o que está acontecendo — esse Deus escuta e responde.
Ele pediu tempo para preparar uma oferta, e o Senhor o aguardou. Gideão caprichou: preparou algo de qualidade (Juízes 6:17–19). Colocou a oferta sobre a rocha e, quando o Anjo tocou, o fogo consumiu tudo e Ele desapareceu. Gideão temeu, mas o Senhor lhe disse: “Paz seja com você! Não tenha medo.”
Então Gideão construiu um altar ao Senhor e o chamou: “O Senhor é Paz.” Ou seja, quando entendemos o chamado de Deus, encontramos paz.
UMA MISSÃO DIFÍCIL
Naquela noite, Deus pediu algo duro: destruir o altar de Baal que pertencia ao pai de Gideão, cortar o poste sagrado e construir um altar ao Senhor usando aquela madeira. Gideão teve medo, mas obedeceu. Fez tudo durante a noite, em segredo.
De manhã, o povo quis matá-lo, mas seu pai, Joás, disse: “Se Baal é deus, que ele mesmo se defenda.” (Juízes 6:31)
Isso encorajou Gideão, mas ele ainda precisava de confirmação. Por isso, buscou a Deus novamente e pediu dois sinais usando um pedaço de lã. No primeiro pedido, ele colocou a lã no chão e pediu que, pela manhã, somente a lã ficasse molhada e todo o chão ao redor permanecesse seco. Deus fez exatamente assim.
Mesmo assim, Gideão pediu mais uma prova: que, dessa vez, a lã ficasse completamente seca e o chão ao redor estivesse molhado de orvalho. E Deus também confirmou.
Gideão não estava duvidando de Deus, mas queria ter certeza de que estava seguindo a direção certa.
Gideão provou a Deus, não porque duvidava do Seu poder, mas porque duvidava de si mesmo. Ele queria saber se Deus realmente estava com ele e se, apesar de suas limitações, conseguiria cumprir a missão que lhe havia sido dada. O medo diante de um chamado é normal — todos nós sentimos. Mas se acovardar e não corresponder é perigoso.
Chega sempre um momento em que precisamos decidir entre duas opções: 1. Fazer a vontade de Deus — não será fácil, haverá desafios, mas Ele estará conosco em cada passo; 2. Rejeitar o chamado e seguir nosso próprio caminho — que parece mais simples, mas na verdade é muito mais difícil… e muitas vezes impossível, porque é um caminho sem o apoio de Deus.
GIDEÃO VAI ENFRENTAR OS MIDIANITAS
Gideão reuniu um grande exército, pronto para enfrentar os midianitas. Mas Deus surpreendeu: havia soldados demais. Ele não queria que Israel pensasse que venceria pela própria força. Assim, Gideão anunciou que quem estivesse com medo poderia voltar para casa — e vinte e dois mil homens se retiraram, restando apenas dez mil.
Mas Deus ainda não havia terminado. Ele pediu uma nova peneira: apenas aqueles que beberam água trazendo-a com a mão à boca — atentos, vigilantes — seriam escolhidos. Somente trezentos homens se encaixaram nesse perfil.
E então Deus declarou: “Com estes trezentos, livrarei Israel.”
O exército era pequeno, mas a vitória já estava garantida, pois viria das mãos do Senhor.
ISRAEL VENCE A GUERRA
A estratégia que Deus revelou parecia completamente improvável aos olhos humanos: trombetas nas mãos, jarros de barro para serem quebrados, tochas acesas e um único grito de guerra: “Pelo Senhor e por Gideão!”
No silêncio da madrugada, quando o acampamento inimigo dormia profundamente, aqueles trezentos homens se posicionaram ao redor dos midianitas. De repente, o barulho dos jarros se quebrando ecoou pelos montes, as tochas brilharam na escuridão e o som das trombetas cortou o ar.
Assustados e sem entender o que acontecia, os inimigos entraram em pânico, confundiram-se entre si e começaram a atacar seus próprios companheiros. Em total desespero, fugiram sem saber para onde ir. Gideão então perseguiu os líderes e completou a vitória.
O QUE APRENDEMOS COM A VIDA DE GIDEÃO?
Às vezes chegamos ao limite: cansados das batalhas, frustrados com a falta de resultados e tentados a parar. Mas é justamente nesses momentos que precisamos continuar, usando a fé e as forças que ainda temos.
Gideão não se considerava capaz. Ele se via pequeno, limitado, inseguro — mas Deus o chamou de “poderoso guerreiro”. Deus enxergava nele qualidades que nem ele mesmo reconhecia: cuidado, obediência, sinceridade e um coração disposto. Por isso, Deus o levantou e o abençoou.
Assim também é conosco. Mesmo quando ninguém acredita em nós — e até quando nós mesmos duvidamos — Deus vê potencial. Ele nos chama pelo que podemos nos tornar, não pelo que somos hoje.
Ele quer fazer de você um vencedor. Mas para isso, você não pode parar no meio das dificuldades. Continue. Deus está com você.
Claudio H. C. Duarte
Mensagem nº 39 - Outubro/2022
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