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A FORÇA NÃO ESTÁ EM NÓS

“Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles.” Daniel 1:8

Como está a sua força? Fraca ou forte? Como você tem enfrentado as batalhas da sua vida? Ao olhar para a sua situação atual, quais são suas perspectivas? Talvez você tenha se esforçado bastante, lutado e não tenha alcançado o sucesso esperado. Os dias passam e tudo parece continuar na mesma condição. O que fazer diante desses questionamentos? Quem sabe, você até conseguiu algo, mas ainda não era o que você esperava. Às vezes, você se sente muito forte; há momentos em que parece estar bem seguro, porém, em outros, sente que falta alguma coisa. Nossa vida é assim mesmo. Todavia, esse ‘assim mesmo’ não é para nos conformarmos. Deus está nos mostrando algumas coisas e, se estivermos bem atentos a esses ensinamentos diários, aprenderemos muito e cresceremos espiritualmente. Iremos compreender que todas as situações nos servem de aprendizado, ‘boas ou ruins’. Se procurarmos absorver o melhor de tudo, conseguiremos encarar a vida de maneira muito mais bem-sucedida e seremos mais felizes, pois sabemos que, em tudo, Deus está nos ensinando e que a verdadeira força não está em nós mesmos.

Vamos analisar uma parte da vida de Daniel e seus amigos e tentar absorver o máximo de lições para nossa vida. O objetivo é compreender melhor como esses homens conseguiram suportar todas as dificuldades e sair vencedores diante de um cenário tão complexo.

UM CENÁRIO COMPLEXO

“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas suas mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus. Ele levou os utensílios para o templo do seu deus na terra de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu deus.” Daniel 1:1,2

O livro de Daniel inicia-se com um cenário muito complexo e repleto de tristeza. Logo nos primeiros capítulos, a notícia é devastadora: no versículo 1, encontramos Nabucodonosor sitiando Jerusalém, com o rei de Judá em suas mãos. É desafiador para nós quando somos ameaçados, quando o lugar onde moramos, antes confortável e seguro, transforma-se em um ambiente de desespero e aflição. Mais uma vez, Israel encontra-se distante do Senhor. Sempre que Israel se afasta de Deus, perde sua proteção. Diante dessa situação, Deus permite a conquista de Israel. Imagino quão difícil deve ser para Deus permitir isso; contudo, não há alternativas, pois o povo de Deus não aprenderia de outra maneira. Apesar dos avisos divinos, eles não quiseram ouvir, preferindo seguir seus próprios desejos e ignorando a vontade de Deus, que é boa para todos.

Deve ter sido muito difícil para aqueles que amavam ao Senhor ver os soldados levando os utensílios sagrados do templo para o templo de um deus qualquer em uma outra terra. Imagino que deve ter sido bem doloroso, antes era um lugar de adoração, comunhão e alegria na presença de Deus, agora um cenário de devastação, o templo foi saqueado e não se pode fazer nada. Um exército poderoso e a permissão de Deus.

Mas Deus não desiste dos Seus e sempre oferece uma alternativa para aqueles que O amam e estão dispostos a cumprir Sua vontade.

CHEGANDO NA BABILÔNIA

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Ao chegar na Babilônia encontram um lugar esplendoroso, cheio de riquezas, uma cidade poderosa, com muitas novidades, cultura e conhecimento, infraestrutura e avanços tecnológicos, estabilidade política e econômica, muitas oportunidades para crescer naquele lugar. Uma nova vida. Babilônia era de fato muito poderosa. Nela havia o templo de Marduque, uma divindade associada ao sol, à justiça e à fertilidade. Era uma ziggurat, uma estrutura em forma de pirâmide escalonada com um santuário no topo, onde a divindade era adorada. Acredita-se que o Templo de Bel-Marduque tinha uma altura de cerca de 91 metros, tornando-se uma das estruturas mais altas da Babilônia e uma das maravilhas do mundo antigo.

Os Jardins Suspensos da Babilônia são uma das sete maravilhas do mundo antigo, uma das estruturas mais famosas e intrigantes da Antiguidade. Localizados na antiga cidade da Babilônia, que atualmente faz parte do Iraque moderno, estes jardins eram uma maravilha arquitetônica e um testemunho do engenho e da criatividade dos povos da Mesopotâmia. Nabucodonosor ordenou a construção dos jardins para sua esposa, Amitis, que sentia saudades das montanhas e jardins de sua terra natal, Media (atualmente uma região do Irã). Para satisfazer seu desejo, o rei ordenou a construção de jardins luxuriantes e exuberantes, mesmo em uma região plana e árida como a Babilônia.

ESCOLHIDOS PARA SERVIR

“Então o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza; jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios.” Daniel 1:3,4

Dentre alguns que foram levados para a Babilônia, nobres e de família real foram designados para servir no palácio do rei. Para isso, eles precisavam ter algumas características descritas em Daniel 1:3,4. Aqueles que serviam ao Senhor seu Deus agora teriam que servir ao rei da Babilônia, uma situação difícil e triste. Para alguns, talvez fosse uma grande oportunidade, para outros, um sacrifício e um dilema: ‘como servir ao rei da Babilônia e continuar servindo ao Senhor nosso Deus?’ Aqueles que amam a Deus sempre enfrentarão esse dilema, estarão sempre diante de um desafio onde quer que estejam; estes não valorizam a sua própria vida, mas sim a vontade do Senhor sobre eles.

Aqueles que verdadeiramente amavam a Deus tinham motivos para se lamentar: foram arrancados de suas casas, de sua nação, tiveram seus nomes alterados e foram forçados a viver em um lugar dominado pela idolatria. Eles poderiam questionar: ‘Deus nos abandonou? Nós O servimos e Ele permitiu tudo isso; onde está nosso Deus agora? Por que tanto sofrimento? Não seria muito melhor continuar servindo a Deus em Seu templo?’. Em momentos assim, muitos de nós tendemos a reclamar, mesmo sendo fiéis a Deus, pois nossa humanidade às vezes se sobrepõe. Isso ocorre porque não compreendemos os planos e as permissões de Deus para conosco, já que nossa visão é limitada em comparação à d’Ele. Devido à nossa limitação, estamos sempre à beira de permitir que nosso próprio ‘eu’ se revolte contra as circunstâncias.

“O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho da própria mesa do rei. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir o rei. Entre esses estavam alguns que vieram de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego.” Daniel 1:5-7

É fascinante como a Bíblia destaca, dizendo ‘entre esses’, o que indica para nós que essas pessoas eram diferentes e fariam a diferença no meio daquele povo. Seus nomes foram trocados, e trocar o nome naquele tempo era algo muito sério. Trocar o nome era o mesmo que dizer ‘agora vocês estão sob a nossa autoridade; vocês estão servindo à nossa cultura e divindade’. Para Daniel e seus amigos, isso era uma afronta, pois seus nomes foram dados para servirem ao seu Deus e a Israel, e não para servirem a outros. Esse processo foi inevitável; porém, seus nomes poderiam até ter sido trocados, mas suas mentes estavam sempre servindo a Deus. A troca de nome era ruim, sim, muito ruim, mas não alteraria o fato de que eles eram servos do Deus Altíssimo.

Eles precisavam aprender a cultura e a língua dos babilônios, uma imersão de três anos para, então, depois de adquirir todo o conhecimento, poderem se apresentar diante do rei. Como deve ser para alguém que passou a vida estudando e conhecendo as coisas de Deus agora ser um profundo conhecedor de outra cultura, de deuses inexistentes, mitos e histórias que não fazem diferença na vida de ninguém. Porém, esta situação também era inevitável. Às vezes, passamos por processos assim; temos que aprender algo que não nos interessa e que até nos ameaça a ficarmos distantes de Deus. Entretanto, para aqueles que amam ao Senhor, nada pode separá-los do amor de Deus.

PRIMEIRO DESAFIO, A OBEDIÊNCIA

Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles. E Deus fez com que o homem fosse bondoso para com Daniel e tivesse simpatia por ele. Daniel 1:8,9

Daniel era servo de Deus, obediente às leis do Senhor. Ele precisava encontrar uma maneira de estar ali, mas sem desobedecer, então tomou uma decisão: não se tornar impuro. Ele sabia que a comida do rei poderia ser impura segundo as leis de Deus e também oferecida a deuses estranhos. Daniel não recuaria, mesmo diante da obrigação e da possível ameaça de morte. Ele preferia manter-se puro diante de Deus. Então, Daniel propôs a Aspenaz: ele e seus amigos comeriam apenas vegetais e beberiam água durante dez dias. Depois desse período, pediu que comparassem a aparência deles com a dos outros e que Aspenaz tratasse deles conforme sua conclusão (Daniel 1.10-13). Acredita-se que Aspenaz aceitou? Certamente Deus tocou no coração dele, pois ele também corria o risco de ser morto diante dessa proposta. Quando Deus está conosco, Ele providencia tudo para que possamos testemunhar. Após os dez dias, eles estavam mais saudáveis e fortes do que os outros (Daniel 1:14-16).ar. Passando os dez dias eles estavam mais saudáveis e fortes que os outros (Daniel 1:14-16).

Mediante a obediência de Daniel e seus amigos, Deus lhes presenteou com sabedoria e inteligência em todos os aspectos da cultura e da ciência. E a Daniel, além disso, Deus deu a capacidade de interpretar todo tipo de visões e sonhos. Ao final do período de três anos, eles foram testados e aprovados, e o rei foi convencido de que não havia ninguém comparável àqueles jovens. O rei descobriu que eles eram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores do reino (Daniel 1:17-21). Deus faz assim: Ele nos capacita; nós precisamos fazer a nossa parte, estudar e procurar obedecer a Deus. Aquilo que não está ao nosso alcance, não devemos nos preocupar, pois Deus nos capacita. Onde está a sua força?

SEGUNDA DESAFIO, A DEPENDÊNCIA

“O rei respondeu aos astrólogos: "Esta é a minha decisão: Se vocês não me disserem qual foi o meu sonho e não o interpretarem, farei que vocês sejam cortados em pedaços e que as suas casas se tornem montes de entulho.” Daniel 2:5

O sonho do rei era perturbador: uma grande estátua com uma aparência terrível — cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e quadris de bronze, pernas de ferro e pés em parte de ferro e em parte de barro. Uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. Tudo virou pó e o vento os levou sem deixar vestígios. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda (Daniel 2:27-36). A interpretação do sonho continua na leitura bíblica a partir do versículo 36; não entraremos em detalhes pois exige um estudo mais aprofundado, quem sabe em outro momento. Por agora, vamos nos ater à dependência total de Daniel em relação a Deus. Daniel não tinha nenhuma alternativa; o que aconteceria era algo sobrenatural que dependia somente de Deus, pois o próprio rei não havia declarado seu sonho a ninguém. Deus revela mistérios aos seus servos; basta ser dependente dele. Creia, nas horas mais difíceis da vida, Deus é contigo, não vai falhar e ainda vai usar isso como testemunho para que outras vidas sejam abençoadas.

O rei disse a Daniel: "Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério". Então o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província. Além disso, a pedido de Daniel, o rei nomeou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego administradores da província da Babilônia, enquanto o próprio Daniel permanecia na corte do rei. Daniel 2:47-49

Deus foi reconhecido pelo rei e por todos os que estavam ali como um Deus verdadeiro e soberano; nenhum outro deus poderia fazer o que o nosso Deus fez. Deus usa situações difíceis para servir de testemunho; Seu nome é engrandecido e Ele nos honra como Seus servos. Como é importante viver na dependência de Deus! Às vezes, nos sentimos sozinhos e, nesses momentos, pode parecer até que estamos abandonados. Neste caso, precisamos orar a Deus, reconhecendo nossas limitações e nos colocando em total dependência d’Ele. Onde está a tua força?

TERCEIRO DESAFIO, O COMPROMISSO

“Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer". Daniel 3:16-18

Dessa vez, apenas os amigos de Daniel estavam presentes; eles foram provados em sua fé, mesmo sob a ameaça de morte. Não sabemos o motivo pelo qual Daniel não estava lá. Talvez estivesse viajando ou ocupado com outras responsabilidades do reino, ou simplesmente não foi mencionado no texto bíblico. No entanto, é importante notar que Daniel também se recusaria a adorar a estátua, pois sua fé em Deus era inabalável.

Certamente eles estavam com medo, porém, o compromisso com Deus era maior que todos os sentimentos. Eles sabiam quem era o seu Deus e quem conhece a Deus sabe que Ele não aceita uma adoração dividida. Deus não quer que adoremos outros deuses; Ele sabe que outros deuses não são nada e não podemos cair nessa ilusão. Isso nós compreendemos, porém, quando estamos ameaçados de morte, o cenário pode mudar completamente. Caso aconteça conosco, será que teremos o mesmo compromisso que eles tiveram? Esses três tinham um compromisso sério com Deus (Daniel 3:16-18). Sabe o que aconteceu? Eles não se curvaram para adorar a estátua e, por isso, foram jogados na fornalha, que foi aquecida sete vezes mais do que o normal. É importante ressaltar que estava tão quente que até os soldados que os levaram morreram queimados. O resultado é que eles foram libertados da fornalha. Lá dentro, os três homens que caíram amarrados agora estavam desamarrados, ilesos, andando pelo fogo e ainda com a presença de um quarto ser, semelhante a um anjo. Nem um só fio de cabelo deles tinha sido chamuscado, seus mantos não estavam queimados e não havia cheiro de fogo neles. Deus honra quem tem compromisso com Ele (Daniel 3). Então o rei promoveu Sadraque, Mesaque e Abede-Nego a melhores posições na província da Babilônia. Onde está a tua força?

O QUE VOCÊ APRENDEU COM ESSA HISTÓRIA?

Aprendi que para enfrentarmos as dificuldades que a vida nos apresenta, precisamos recorrer a Deus, pois só Ele pode nos libertar. Sozinhos, não somos capazes de obedecer, sermos dependentes e mantermos o compromisso com Ele. É certo que enfrentaremos medo, fraqueza e desilusão. Esses sentimentos são puramente humanos, mas não podemos perder a confiança diante deles. Deus nos fortalecerá e nos capacitará para vivermos o sobrenatural. Para isso, precisamos fazer a nossa parte: orando, conhecendo cada dia mais o nosso Deus através das Escrituras e vivendo em obediência. Agindo assim, não temos com o que nos preocupar.

Claudio H. C. Duarte
Mensagem nº 38 - Abril/2024

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