Observe o texto
A primeira coisa que precisamos fazer é ler o texto sobre o qual vamos pregar pelo menos três vezes. Isso é muito importante. Ao ler o texto repetidamente, encontramos mais detalhes que talvez não tenhamos notado na primeira leitura. Esse procedimento nos ajuda a gravá-lo em nossa mente e, certamente, torna o momento da pregação bem mais tranquilo. Além disso, nos dá mais intimidade com o texto.
Outra coisa valiosa é ler em outra versão bíblica. Ao fazer isso, adquirimos uma compreensão maior e podemos encontrar palavras mais fáceis de entender ou sentidos mais claros. Cada tradução traz uma abordagem diferente, destacando aspectos que talvez não sejam tão óbvios em uma única versão. Comparar várias versões amplia nossa perspectiva sobre o significado e as aplicações do texto, ajudando a melhorar nossa compreensão.
Após essas leituras, podemos começar a fazer anotações, primeiro registrando os pontos mais importantes ou os que chamaram a nossa atenção, como algo que despertou curiosidade ou que pareceu diferente do normal.
Também podemos fazer algumas perguntas ao texto: Quem? O quê? Onde? Quando? Por quê? Essas perguntas nos ajudam a evitar erros de interpretação. Muitas pessoas erram porque não conhecem bem o texto ou não buscam informações corretas sobre ele. Essas perguntas são fundamentais para entender exatamente o que está acontecendo no texto bíblico.
Quem está envolvido na passagem?
Com essa pergunta, conseguimos identificar com precisão quais são os personagens envolvidos no texto e entender o papel que cada um desempenhou. Isso nos ajudará a interpretar e aplicar corretamente o texto bíblico, além de situar o pregador dentro da realidade histórica, cultural e espiritual.
Quem é o autor do texto?
Entender o autor da passagem, sua intenção ao escrever e o contexto pode nos dar pistas sobre o propósito do texto. É muito enriquecedor saber em que época ele escreveu, em qual cultura estava inserido e quais eram as circunstâncias. Por exemplo: saber que Paulo escreveu aos Filipenses é fundamental, pois ele estava encorajando os cristãos mesmo em uma situação difícil. Isso nos mostra que, mesmo em momentos desafiadores, o crente deve continuar focado no reino de Deus, e que as circunstâncias não devem alterar nossa relação com Jesus. Essa carta é conhecida como a "carta da alegria", mas Paulo estava preso quando a escreveu, o que serve como um grande exemplo para nós.
Quem está ouvindo ou recebendo a mensagem?
Sabendo disso, podemos aplicar o texto ao nosso contexto atual. Quando entendemos que Paulo escrevia para um povo pagão, com uma cultura totalmente contrária ao judaísmo ou ao cristianismo, uma cultura repleta de deuses, conseguimos compreender melhor os desafios que ele enfrentava e também o motivo de ele escrever de determinada forma. Por exemplo, quando Paulo disse que as mulheres deveriam estar caladas nas igrejas, isso era algo específico para aquela igreja, e não uma regra para todas as igrejas ou para os dias de hoje. Se interpretarmos isso de maneira equivocada, podemos pensar que as mulheres não podem pregar nem ensinar. Portanto, entender o motivo por trás dessas instruções é extremamente importante.
O que está acontecendo no texto?
VÉ um milagre, um ensinamento, uma repreensão? É um texto que conta uma história, ou é um texto doutrinário? Qual é o foco do texto? Fala sobre perdão, cura ou está abordando uma postura cristã? Essas perguntas nos guiam na abordagem da pregação e nos ajudam a não pregar fora de contexto. Isso nos permitirá comunicar a mensagem com mais clareza e fazer uma aplicação correta. Você pode até usar citações de outros versículos com a tranquilidade de não sair do contexto, porque entendeu o propósito do texto.
Onde a história ou evento está acontecendo?
A localização geográfica pode ajudar muito na compreensão do texto e trazer informações valiosas para a pregação. O lugar pode influenciar as circunstâncias, a cultura e o comportamento dos personagens. Todos nós vivemos em nossas próprias culturas, e isso varia bastante de um lugar para outro. Até mesmo alguns costumes atuais e formas de culto fazem diferença. Saber que Sarepta era fora de Israel, por exemplo, mostra que a mulher que recebeu Elias não fazia parte do povo de Deus, mas, mesmo assim, acreditou no profeta e obedeceu. Isso nos ensina que até mesmo um estrangeiro pode obedecer e reconhecer que Deus é a solução para sua vida. Essa compreensão enriquece muito a pregação.
Colhendo todas essas informações, teremos todas as condições para começar a preparar nossa pregação. Então, escolha um texto bíblico e faça suas anotações.
Até o próximo capítulo.
Claudio Henrique Duarte.
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